Estudar Direito não é pra qualquer um....
- Marcos Vinicios de Jesus Morais

- há 1 dia
- 2 min de leitura

Quando o saber jurídico desce o morro, o Direito ganha alma e a justiça volta a ter rosto.
“Ouvi isso de um maluco dias atrás… E fiquei pensando: talvez ele tenha razão, mas não pelo motivo que ele imagina. Estudar Direito exige coragem, empatia e firmeza pra não se perder entre o discurso e a prática. E, no morro, isso tem outro peso.”
Estudar Direito não é pra qualquer um…
Ouvi isso de um maluco dias atrás.
E fiquei pensando: talvez ele tenha razão, mas não pelo motivo que ele imagina.
Não é pra qualquer um, porque estudar Direito exige mais que decorar artigo.
Exige coragem pra olhar pro sistema e enxergar o abismo.
Exige alma pra entender que justiça não se faz só com papel, mas com empatia.
Exige firmeza pra não se corromper, pra não se perder entre o discurso e a prática.
Aqui, no Justiça ao Pé do Morro, o saber jurídico não vem de terno e gravata na prática, vem de boné, vem das ruas, vem da vivência porque quem vive a quebrada entende de lei na pele: sabe o que é direito negado, o que é processo sem voz, o que é sentença sem escuta.
A gente estuda pra traduzir, pra furar o bloqueio, pra transformar o “não é pra qualquer um” em “é pra todos que resistem”.
Estudar Direito, pra mim, é ATO DE REBELDIA.
É tomar pra si o conhecimento que sempre tentaram esconder.
É mostrar que a favela também tem palavra, também interpreta, também questiona.
Aqui, o artigo vira verso, o parágrafo ganha vida, e a Constituição pisa no chão de terra, lugar onde ela tem faltado há muito tempo.
O Justiça ao Pé do Morro segue firme: ensinando, aprendendo, questionando.
Porque justiça é muito mais que sentença é consciência coletiva, é prática. E se não for pra transformar, pra quem é que serve o estudo? Pra que serve eu gastar meu tempo escrevendo essa parada?
A caneta tá na mão.
A lei, no olhar.
E a favela, como sempre, segue de pé e se depender de mim, com o pé na porta.
Cola com a gente nessa caminhada.
Cada texto, cada reflexão, cada conversa aqui é mais um passo pra fazer o Direito descer do pedestal e se sentar com o povo.
O Justiça ao Pé do Morro tá vivo e é pra quem acredita que o saber é ferramenta de luta, e que justiça social só se alcança de verdade com quem luta todo dia.





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