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Estudar Direito não é pra qualquer um....



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Quando o saber jurídico desce o morro, o Direito ganha alma e a justiça volta a ter rosto.


“Ouvi isso de um maluco dias atrás… E fiquei pensando: talvez ele tenha razão, mas não pelo motivo que ele imagina. Estudar Direito exige coragem, empatia e firmeza pra não se perder entre o discurso e a prática. E, no morro, isso tem outro peso.”


Estudar Direito não é pra qualquer um…

Ouvi isso de um maluco dias atrás.

E fiquei pensando: talvez ele tenha razão, mas não pelo motivo que ele imagina.

Não é pra qualquer um, porque estudar Direito exige mais que decorar artigo.

Exige coragem pra olhar pro sistema e enxergar o abismo.

Exige alma pra entender que justiça não se faz só com papel, mas com empatia.

Exige firmeza pra não se corromper, pra não se perder entre o discurso e a prática.

Aqui, no Justiça ao Pé do Morro, o saber jurídico não vem de terno e gravata na prática, vem de boné, vem das ruas, vem da vivência porque quem vive a quebrada entende de lei na pele: sabe o que é direito negado, o que é processo sem voz, o que é sentença sem escuta.

A gente estuda pra traduzir, pra furar o bloqueio, pra transformar o “não é pra qualquer um” em “é pra todos que resistem”.

Estudar Direito, pra mim, é ATO DE REBELDIA.

É tomar pra si o conhecimento que sempre tentaram esconder.

É mostrar que a favela também tem palavra, também interpreta, também questiona.

Aqui, o artigo vira verso, o parágrafo ganha vida, e a Constituição pisa no chão de terra, lugar onde ela tem faltado há muito tempo.

Justiça ao Pé do Morro segue firme: ensinando, aprendendo, questionando.

Porque justiça é muito mais que sentença é consciência coletiva, é prática. E se não for pra transformar, pra quem é que serve o estudo? Pra que serve eu gastar meu tempo escrevendo essa parada?

A caneta tá na mão.

A lei, no olhar.

E a favela, como sempre, segue de pé e se depender de mim, com o pé na porta.

Cola com a gente nessa caminhada.

Cada texto, cada reflexão, cada conversa aqui é mais um passo pra fazer o Direito descer do pedestal e se sentar com o povo.

Justiça ao Pé do Morro tá vivo e é pra quem acredita que o saber é ferramenta de luta, e que justiça social só se alcança de verdade com quem luta todo dia.


 
 
 

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