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Quem tem fome, não filosofa... Quem tá morrendo, não discute teoria.

Por Japão (Viela17)

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Quem tem fome, não filosofa. Quem tá morrendo, não discute teoria.

No conforto das cátedras, dos escritórios, das bibliotecas de vidro e couro, o mundo parece justo.

Ali, o debate é limpo.

A regra é clara.

O argumento vem com rodapé de autor famoso.

Mas nas vielas, nos barracos, nas favelas ou no asfalto quente da periferia...

A vida não dá tempo pra rodapé.

Quem tem fome... não filosofa.

Filosofia é um luxo pra barriga cheia.

É um exercício nobre? Sim.

Mas distante de quem escolhe entre o pão e a passagem.

Entre o gás e a matrícula do filho.

Quem tá morrendo... não discute teoria.

Não quer saber de corrente doutrinária, de escola jurídica, de tendência interpretativa.

Quer viver.

Quer respirar.

Quer que a justiça venha de verdade, não só na promessa.

Essa frase é denúncia mas para quem vive por aqui também é oração.

É grito e é espelho.

É lembrança de que...

O Direito sem povo é só papel, ficção, papo fraco.

E que a Justiça sem fome é só retórica.

Se a gente quer mudar o mundo,tem que parar de usar palavras bonitas pra esconder realidades feias.

Tem que sujar a mão, meter a cara feia.

Olhar no olho.

Ouvir quem nunca teve voz.

Lembra cumpadi? Resiliência, competência, força e coragem...

Tem que escrever lei com a caneta do povo.

Porque só entende o valor da vida... Quem já teve medo de perdê-la.

Esse blog não é sobre o Direito das alturas.

É sobre o Direito que batalha, que sente, que luta.

É sobre o que não cabe nos livros, mas mora nas ruas.

Porque aqui a gente entende:

Justiça que não sobe o morro e não afunda o pé na lama, não é justiça.

É só discurso.

 
 
 

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