Quem tem fome, não filosofa... Quem tá morrendo, não discute teoria.
- Marcos Vinicios de Jesus Morais

- 13 de abr.
- 2 min de leitura
Por Japão (Viela17)

Quem tem fome, não filosofa. Quem tá morrendo, não discute teoria.
No conforto das cátedras, dos escritórios, das bibliotecas de vidro e couro, o mundo parece justo.
Ali, o debate é limpo.
A regra é clara.
O argumento vem com rodapé de autor famoso.
Mas nas vielas, nos barracos, nas favelas ou no asfalto quente da periferia...
A vida não dá tempo pra rodapé.
Quem tem fome... não filosofa.
Filosofia é um luxo pra barriga cheia.
É um exercício nobre? Sim.
Mas distante de quem escolhe entre o pão e a passagem.
Entre o gás e a matrícula do filho.
Quem tá morrendo... não discute teoria.
Não quer saber de corrente doutrinária, de escola jurídica, de tendência interpretativa.
Quer viver.
Quer respirar.
Quer que a justiça venha de verdade, não só na promessa.
Essa frase é denúncia mas para quem vive por aqui também é oração.
É grito e é espelho.
É lembrança de que...
O Direito sem povo é só papel, ficção, papo fraco.
E que a Justiça sem fome é só retórica.
Se a gente quer mudar o mundo,tem que parar de usar palavras bonitas pra esconder realidades feias.
Tem que sujar a mão, meter a cara feia.
Olhar no olho.
Ouvir quem nunca teve voz.
Lembra cumpadi? Resiliência, competência, força e coragem...
Tem que escrever lei com a caneta do povo.
Porque só entende o valor da vida... Quem já teve medo de perdê-la.
Esse blog não é sobre o Direito das alturas.
É sobre o Direito que batalha, que sente, que luta.
É sobre o que não cabe nos livros, mas mora nas ruas.
Porque aqui a gente entende:
Justiça que não sobe o morro e não afunda o pé na lama, não é justiça.
É só discurso.





Comentários